domingo, 19 de setembro de 2010

Ela

Ela se escondeu sem perceber, mesmo enquanto pensava transparecer tudo. As coisas pareciam tão práticas, que ela despreocupou. Um dia, sentiu que mudara, e mudara muito: tentou lembrar de como era antes, de como sentia antes... Chegou a conclusão de que não queria essa de hoje, aliás, ela quer tanto que tem medo. Ela sabe que, daqui em diante, tudo será transformação, e o que ela teme é o que ela nunca foi criada para ser: independente. Não que ela seja dependente das pessoas, não...isso ela veio perceber bem cedo. Mas ela ainda se sente dependente das ideias que ela tinha criado quando mais jovem: ela teme a morte. Ela entende, é intensa, mas teme a morte. Normal para um ser em evolução. Ela percebeu que a vida é uma evolução, uma oportunidade dentre várias, mas que deve aproveitar cada uma, com o melhor de si. Ela sabe o que pode acontecer caso resolva ser ela mesma, se é que ela sabe quem é.

2 comentários:

  1. Querida,
    realmente temos muito em comum ...
    linda a sua reflexão ... difícil deixar de ser dependente das idéias que não queremos mais ...
    a mudança sempre dói .. mas há um ponto entre a dor e o gozo que não se consegue definir qual é qual ... é nesse ponto que se chega quando encaramos a dor ...
    abraços,q uerida ...

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"Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente correta, racional, cheia de moralismo: Esqueça-me!
Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: Acolha-me!"