segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Devemos agradecer apesar de.

Devemos agradecer por toda dor que nos causamos e causamos nos outros, que amamos. Devemos agradecer pelos amores não correspondidos. Devemos agradecer pelas noites mal dormidas. Devemos agradecer pelas pessoas que se afastam de nós porque não nos compreendem. Devemos agradecer pelas roupas que não nos servem mais. Devemos agradecer pelas marcas que as espinhas deixaram em nossos rostos. Devemos agradecer pelos sorrisos que conseguimos tirar de quem amamos. Devemos agradecer pelas crises de ciúmes. Devemos agradecer pela intensidade de nossos erros. Ou não? Hoje ouvi uma frase que dizia o seguinte: “nada mais doloroso do que a dor de amarmos o que não podemos ter”; acho que nada mais doloroso do que termos de conviver com o peso dos nossos próprios erros, martelando dia após dia na mente, no coração, no cotidiano, no olhar do outro, na dinâmica da vida. Essa coisa que nos foi dada, a vida, que mal sabemos manusear, mal sabemos que mal sabemos o que fazer dela! Em alguns momentos entendemos que é difícil, assim como solucionar um problema matemático, que nem problema é diante do que podemos infligir a nós mesmos e às pessoas ao nosso redor. Será que nós realmente entendemos a dor? Parece que vivemos desmemoriados, já que insistimos em repetir e repetir e repetir tudo outra vez e uma vez mais. Por que não amarmos e só? Por que não, apenas, agradecer? Por que não podemos ser mais do que somos?

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"Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente correta, racional, cheia de moralismo: Esqueça-me!
Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: Acolha-me!"