sexta-feira, 30 de novembro de 2012

Entrando em frenesi

Não é para ser engraçado. Não, não estou para risadas agora. Estou séria e profundamente tentando manter a calma. Ultimamente tenho assistido um seriado sobre vampiros, lobisomens, bruxas... e se isso existisse, se eu fosse mordida por um vampiro, acho que se encaixaria bem o que eu sinto de vez em quando, pelo menos de acordo com a interpretação à qual os personagens se prendem. Seria meio ridículo dizer, mas minha TPM ou minha personalidade forte seria como entrar em frenesi, se eu fosse uma vampira. O sentimento de lutar contra uma inquietação do espírito, contra um impulso de magoar, de vingança, controlar um processo frenético de excessos. Por que tanto excesso, meu Deus? Por que não apenas o necessário?

Era o que eu queria escrever. Não apenas isso, mas mais ou menos isso. Me peguei de novo, como sempre, relendo o que eu escrevi e vendo que não era exatamente isso, e ao mesmo tempo, eu me vejo nisso. Também me revejo pensando no ato de escrever, descrever, coisas do tipo. Porque tudo é isso: reviver ou matar nas palavras. Reviver um sentimento por meio do que se escreve: rememorar. Mas minha escrita muitas vezes é uma morte, porque quero matar algumas coisas em mim. Mas é em vão, tudo é em vão, porque eu só revivo. Minha escrita é uma escrita zumbi, de coisas que querem viver mas devem morrer. Por que agora que citei certas palavras como morte, matar, me sinto meio malvada? Me sinto em frenesi, só queria explicar isso. Mas explicar pra quem? Que se explodam as explicações e todas as tentativas de explicações! As explicações não deveriam importar, elas não explicam. Por isso que palavras sempre precisam de palavras e mais palavras para que possam ser validadas. E a morte deveria ser uma palavra comum, mas com ela vem um peso, e um peso tal que me deixou cansada agora. Estou cansada e acho que a escrita é isso, cansaço e uma perda do frenesi. Me sinto mais solta desse impulso e ao mesmo tempo nômade. Somos todos nômades, é isso que quero dizer. E isso dói muito. Cara, como o mundo dói!

Cara, como eu sou exagerada!

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