quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Primaveral

Eu quis ensinar a primavera
Ao que era gelo e esquecimento
Por que nem mesmo persevera
A esperança dum contentamento.

Eu quis ensinar perfume de flor
Ao que inamovível era
De alma perdida e inodora
Presente sorumbático e incolor.

Eu quis ensinar mar e vento
A arte de bem navegar
No coração de quem ama- alento
E não sabe se entregar,
Sem perceber o que fazia
Me perdia pelo mar
Que trazia antigos vestígios
De uma vida a naufragar.

Se perguntarem quem era
Aquela que contra o soturno lutava
Dize, face iluminada, ela mora na primavera
Que traz flores e muitas almas plumadas
Com o peso de um sonho


por Jaquelyne Costa, do Já que sou, o jeito é ser!


P.S.: Achei genial esse poema dela, resolvi postar pela admiração a seu trabalho no "Já que sou, o jeito é ser!". Ambos, foto e poema, foram retirados do blog dela.

2 comentários:

  1. Muitíssimo obrigada, Mah, por sua admiração aos meus poemas!
    Você nem imagina o quanto me comove e me faz seguir em frente!
    É muito bom saber, ter essa sensação indescritível de que alguém gosta do que escrevemos!Não sou uma Clarice, nem Cecília, nem Adélia...mas gostaria que um dia meus escritos pudessem chegar ao coração de muitas pessoas!
    Um grande beijo no seu coração!

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  2. Poema realmente lindo, Mah!
    Parabéns pra sua amiga...
    E que bom que é primavera... Eu adooooro!


    Bjokas!

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"Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente correta, racional, cheia de moralismo: Esqueça-me!
Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: Acolha-me!"