quarta-feira, 21 de julho de 2010



Não é promiscuidade
Nem por falta de vontade
São atos de poesia,
de intimidade:
Na verdade, respiro melodia.

Invento, revivo, e choro
Mas não é por qualquer coisa que coro!
Tenho graça e meiguice
Porém não tolero pieguices
Essas fagulhas pueris...

Se sou madura? Desabrochei...
eu sei!
Não é por vaidade (se a tenho)
ou maldade (pra isso não desperdiço tempo)
Nem por impulsos da idade...

Mas porque à meia palavra não me evoco
nem me toco!
Não sou escrava
Ou meretriz.

Por pouco me traduzo em versos
Incertos e tortuosos versos
que não rimam mais...
Nem têm a pretensão de ser.
E se rimam, rimam mal.

Não busco a rima, nem a batida perfeita
Meu coração bate desvairado.
Eu sigo o fluxo.
A rima me causa desconforto,
um desgosto, e o verso fica sujo, torto.

Decidi: renuncio à rima de meus dias!

Não sou poeta das rimas, eu sigo o fluxo,

e só.

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