Prefiro, de vez em quando, pensar apenas no desejo:
desejo ardente, entontecedor,
inebriante que arde. Desejo que me desejes tanto quanto eu,
desses desejos que nascem, que ficam latente e que do nada,
se tornam tão insuportavelmente profundo e raso, ao mesmo tempo,
que é preciso unir desejos. Desejo em processo,
fervilhando o juízo, esquentando a pele, fervendo o coração, o estômago,
todo o ser.
Desejo pulsante, enlouquecedor, efusivo,
legítimo, porque ilegítimo?
Por que errado? Por que pecado?
Somos seres feitos para o desejo,
para trocar desejo,
para ferver a pele
mutuamente.
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"Se você procura alguém coerente, sensata, politicamente correta, racional, cheia de moralismo: Esqueça-me!
Se você sabe conviver com pessoas intempestivas, emotivas, vulneráveis, amáveis, que explodem na emoção: Acolha-me!"