terça-feira, 18 de novembro de 2014

Eu agradeço.


Hoje acordei cedinho e o vi do meu lado, dormindo. Não gosto mais de acordar sem ser do lado dele, essa é minha dose de energia matinal. Depois nos preparamos para nos separarmos, eu tinha que voltar pra casa e ele ir trabalhar. Em casa, resolvi adiantar umas coisas, fazer um café da manhã caprichado pra mim mesma...ontem senti saudade do café da manhã do Hotel Solaris, lá de São Lourenço. Resolvi que hoje o dia seria leve, à base de Hemingway e videogames. Mas resolvi dormir antes. Duas das coisas que eu mais amo, aliás, três: ele, comer e dormir, o que acaba sendo comer, amar e dormir, não necessariamente nessa ordem! Só sei que amo. Senti saudades dele, senti saudades delas. Senti uma pitada de solidão devido à decepções do passado, mas acima de tudo, me senti humana. Não senti essa humanidade inútil ou hipócrita ou vitimizada, não: senti essa humanidade que deve estar desperta. E quis cuidar dele, e quis cuidar da gente, e quis dizer que eu amo, que eu estou ansiosa pra que tudo dê certo, porque tudo nesse mundo acontece porque tem uma razão de ser. E aí me aborreci, porque em alguns momentos, o ambiente e as energias negativas do ambiente e das pessoas que o compõem são mais forte do que o que eu tenho dentro de mim. Mas aí eu pensei: devo agradecer! E agradeci, e agradeço, e quero estar grata pelo resto dos meus dias, e quero que esse prazer em ser humana e em me sentir útil me seja uma constante, sem hipocrisias, sem me preocupar se estarei afastando alguém ou alguma coisa de mim, porque o que for pra estar perto, assim estará. E eu agradeço distâncias e proximidades. Eu agradeço.

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