terça-feira, 6 de outubro de 2015

Here comes the sun


Eu vejo o sol aparecer e a luz do poste apagar: se foi mais uma noite de insônia. Tenho ficado muito deprimida, mesmo que a chegada do sol seja um fenômeno lindo de se vê. E tenho sono também, mas é como se ele nunca estivesse aqui. Sabe, a depressão também cansa o deprimido. É uma loucura só isso tudo, eu acho. Sentir tanta coisa por tão pouco é algo que uma pessoa só não era pra suportar. Um mundo todo de pessoas que simplesmente não se importam enquanto outras se importam tanto por pouco que chegam a sangrar. Não sei, tudo anda muito errado no mundo, se bem que desde sempre é assim. Fico pensando que com o decorrer dos anos, o mundo pede da gente que deixemos muito da gente pra trás, como éramos antes, como éramos. Escrevendo aqui, de vez em quando, sinto o peso do mundo apontando seu dedo inquisitor para mim dizendo; quem você pensa que ainda é pra pensar e escrever e ser assim? A gente, no decorrer dos anos, deve abandonar a simplicidade da elaboração das ideias, das palavras, e mudar nosso jeito de pensar, não é louco isso? Não adianta, eu não me acostumo a ser assim e me recuso a ser grande desse jeito. Eu não, continuo querendo preservar essa breve leveza que de vez em quando me invade, e aí eu preciso vir aqui derramá-la se não ela se vai e vai em vão. Esses momentos devem ser registrados com carinho nos dedos. São quase 5 e meia da manhã, do meu lado ele dorme, do seu lado eu estou vigilante. 

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